Prevenção

Vacinação começa com boas expectativas

Em Pelotas, Centro de Especialidades chegou a apresentar filas na procura pela dose

Jô Folha -

O primeiro dia da campanha de vacinação contra a gripe foi de procura dentro do esperado em Pelotas. Nenhuma unidade da rede pública esgotou os estoques, mas algumas chegaram a apresentar filas pela dose. A expectativa é de elevar a iminização, que no ano passado ficou bastante abaixo da meta com 68,94% de cobertura. O foco continua o mesmo: vacinar 95% de um público alvo de 119,2 mil pessoas. Nestas duas primeiras semanas, grupos com baixos índices no último ano serão priorizados, como gestantes e crianças de seis meses a seis anos incompletos. A partir do dia 22, o restante também poderá ser imunizado. O Dia D será em 4 de maio.

A enfermeira da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Rita de Cássia Carvalho, explica que a diferença é para já chamar mais atenção da população de risco. Até porque há a percepção de que os idosos já aderiram à cultura de se prevenir e, por isso, precisam de menos incentivos externos. Outros grupos, por estarem mais recentemente entre os aptos para a vacinação, tendem a ser menos cuidadosos quanto a isso. A procura também depende das populações. Nesta quarta-feira (10) a reportagem visitou a Unidade Básica de Saúde (UBS) Areal 1. Até o meio da tarde, apenas 15 pessoas haviam se vacinado, considerado uma procura baixa pelos profissionais do posto. Por outro lado, o Centro de Especialidades do Município teve momento de filas e procura até acima do esperado.

Isso se dá por uma questão cultural de cada comunidade, segundo Rita de Cássia. A enfermeira do Centro de Especialidades, Fátima Soares, diz esperar que neste ano haja maior conscientização quanto à necessidade de se vacinar. "É uma procura boa. Bem interessante. Eles estão vindo", analisa. A mãe Marcela Reyes levou o pequeno Bernardo, de um ano e dois meses de vida, para sua primeira vacina contra a gripe. Visando tranquilidade no inverno, disse que aproveitou o primeiro dia para garantir. "Eu acho sempre importante vacinar".

Luta contra a desinformação
Movimentos anti-vacina ganharam espaço recentemente nas redes sociais. Para Rita de Cássia, isso é um desserviço, pois as provas científicas da eficácia são garantidas. "A maior propaganda é que se a vacina não funcionasse, pela extensão territorial do país, viveríamos em surtos". O cenário básico mostra que os efeitos colaterais são mínimos, comparado aos efeitos das doenças.

Ela aponta também os problemas de surtos em países com problemas de baixa cobertura. Um outro exemplo é a pandemia da própria Influenza em 2009, controlada nos anos seguintes, com números agora similares aos de outras doenças sazonais. "É uma pandemia que foi controlada com a vacinação". A valorização da questão de imunização também foi destacada pela dentista Vanessa Costa, grávida de quatro meses do menino Bento, e que procurou a vacina. "Muitas doenças que já haviam sido erradicadas estão voltando. Tem que se prevenir", indica.

Grupos que podem receber a vacina:
- Crianças de seis meses a menores de seis anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Gestantes (em qualquer idade gestacional)

Grupos que podem receber a vacina a partir de 22 de abril:
- Crianças de seis meses a menores de seis anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Gestantes (em qualquer idade gestacional)
- Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto)
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Povos indígenas aldeados
- Trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados
- População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
- Professores de escolas públicas e privadas
- Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais: doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais, neurológicas ou hepática; diabetes; imunossupressão; obesidade; transplantados ou pessoas com trissomias (alterações genéticas congênitas).
(Fonte: Governo do Estado)

 

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